1990, o primeiro Brasileiro
Era o começo da década. O Coringão tinha um time de um cara só, Neto. Chegou envolvido em uma troca com o time do mal. Gordo, bocudo, folgado. Mas batia falta pra caralho. Durante todo o campeonato, eram vitórias na raça, no gol de falta dele, de cruzamento dele, ou seja, o cara fazia chover naquele time. Minhas lembranças mais marcantes são da fase final. O meu pai comprou um rádio relógio da National, e era em torno dele que ficávamos. O primeiro jogo foi contra o atlético de minas. Um sábado de noite e quem narrava era o Oscar Ulisses. Começo de jogo e 1x0 pros caras (lógico que tinham um time melhor que o nosso). Até lá pelas idas do segundo tempo, falta perto da área... O Netão bateu e gol do Coringão... (“Neto, proooooooooo gooooooooooolllll). Eu pulava na sala de alegria. Chegando o final, cruzamento na área, a bola passa pelo Tupã, e caixa. De quem? Do Netão... Semi final, contra o Bahia, o mesmo sufoco, sabadão de noite e lá estava o Oscar pra narra