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1990, o primeiro Brasileiro

Era o começo da década. O Coringão tinha um time de um cara só, Neto. Chegou envolvido em uma troca com o time do mal. Gordo, bocudo, folgado. Mas batia falta pra caralho. Durante todo o campeonato, eram vitórias na raça, no gol de falta dele, de cruzamento dele, ou seja, o cara fazia chover naquele time. Minhas lembranças mais marcantes são da fase final. O meu pai comprou um rádio relógio da National, e era em torno dele que ficávamos. O primeiro jogo foi contra o atlético de minas. Um sábado de noite e quem narrava era o Oscar Ulisses. Começo de jogo e 1x0 pros caras (lógico que tinham um time melhor que o nosso). Até lá pelas idas do segundo tempo, falta perto da área... O Netão bateu e gol do Coringão... (“Neto, proooooooooo gooooooooooolllll). Eu pulava na sala de alegria. Chegando o final, cruzamento na área, a bola passa pelo Tupã, e caixa. De quem? Do Netão... Semi final, contra o Bahia, o mesmo sufoco, sabadão de noite e lá estava o Oscar pra narra

1988 - O primeiro título.

O ano era 1988... Eu ia completar 09 anos. Morávamos em uma casa no centro de Mogi, e meu pai resolveu se mudar para o bairro em que nasci. Mudamos, a casa era gigante, bem legal. Estava todo empolgado. Havia acabado também de mudar de escola, tudo novo, tudo diferente. E para completar, o Coringão faria a final contra o Guarani... 07 dias antes do meu aniversário. Meu pai disse que caso perdêssemos, nós voltaríamos para a casa antiga. Torci em dobro pelo título. Me lembro que estávamos na sala, a televisão de tubo. Era um dia quente, abafado. Desde o almoço a ansiedade daquele muleke estava a mil. Já tinha ido jogar bola no quintal umas 10 vezes, e claro, sempre o Corinthians ganhava, com um gol meu. Jogo rolando, o time dos caras era foda, Neto, Paulo Isidoro só para começar. E nós? Bem, Biro, Wilson Mano, Ronaldo... A cara do Coringão. Tomamos uns sufocos e eu não conseguia ficar quieto. Até que na prorrogação, Wilson Mano chuta torto (que ironia), e aq

O primeiro clássico

Amanhã é dia de clássico. O jogo mais da hora do campeonato. O jogo em que eu não durmo bem desde ontem. Não porque a porcada é favorita (isso eles sempre são), mas porque é o clássico mano !!! E clássico, pro verdadeiro Corinthiano, é contra eles. Só !!! O meu primeiro foi em 1986, mais precisamente no dia 03/08, três dias antes do meu aniversário de 7 anos. Meu coroa me chamou no sábado e disse... "Filho, amanhã nós vamos ao morumbi, ver o Corinthians jogar contra os porcos". Dava meia noite de domingo, mas não chegava às 10:30 da manhã, pra gente sair. E lá fomos nós, no mesmo trenzão, a minhoca da metal como diz o Falcão... Naquela época o buzão saía do Vale do Anhanganbaú... Entramos no buzo, LOTADO, e aquela rapaziada cantando "Corinthians..." Puta que pariu, que emoção... Na subida, perto do Palácio do Governo, o ônibus quebra, quase bate no poste. Desce todo mundo e vamos na caminhada... Lá de cima vejo aquele estádio grande e tal. Tomamos um

O começo...

O verdadeiro C orinthiano no momento de sua concepção, Deus insere em seu DNA, a combinação perfeita, que resulta no fanatismo e amor, chamado Corinthians. Obviamente que comigo não foi diferente, ainda mais por ser um Corinthiano Puro Sangue (meu vôzão, meu pai e minha mãe são Corinthianos legítimos), logo meu destino já estava traçado desde que fui feito no banco traseiro do Corcel II do meu pai. Nasci em 1979, lembro muito vagamente de 83, de 84 também, quando perdemos o título para aquele time de senhores idosos... Até que... Era um domingo ensolarado de 1985... Me lembro do papai me acordando cedo e me dizendo... "Filho, quer ir no jogo do Corinthians". Acordei pulando, escovei os dentes, e lá fomos nós para o Canindé... Eu, meu pai, o Rafa com 03 anos e minha coroa. Chegamos lá, depois de quase 2 horas de rolê... Naquele época era o trem até o Brás, depois metrô até o Tietê e caminhada... Na viagem minha ansiedade só ia aumentanto... No caminho, aquela leva